Ednaldo Rodrigues decidiu encerrar sua tentativa de retomar a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A desistência da ação que tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) ocorreu após mais uma derrota nos bastidores do futebol internacional.
Nesta segunda-feira (19), Ednaldo foi oficialmente destituído dos cargos que ocupava na Conmebol e na Fifa. Ele era um dos representantes da Confederação Sul-Americana no Conselho da Fifa, órgão responsável por decisões estratégicas no futebol mundial. A votação que selou sua saída foi quase unânime: nove das dez federações da Conmebol foram favoráveis à sua destituição.
A perda de apoio foi evidente. Ednaldo já não contava com a confiança de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, nem de Gianni Infantino, presidente da Fifa. Diante da falta de respaldo jurídico — tanto no STF quanto na Justiça do Rio de Janeiro — e do isolamento político, o ex-presidente da CBF optou por não seguir com a disputa.
O argentino Claudio Tapia, presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino), assumiu temporariamente o posto de Ednaldo na Conmebol, até que a situação seja resolvida de forma definitiva.
Desde a última quinta-feira (15), Ednaldo não ocupa mais a presidência da CBF. Ele foi afastado por decisão da Justiça do Rio, após acusações de fraude na assinatura de um acordo que validou sua eleição em 2023.
Atualmente, Fernando Sarney atua como interventor da CBF e já convocou eleições para o próximo domingo (25). O único candidato no pleito é Samir Xaud, presidente da Federação de Futebol de Roraima, que aguarda a homologação para ser oficializado como novo presidente da entidade.