Rodrigo Garro, meio-campista do Corinthians, está sendo formalmente investigado por homicídio culposo após um acidente de trânsito que resultou na morte do motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos. O acidente ocorreu na madrugada de sábado (4), na província de La Pampa, Argentina, quando Garro dirigia sua caminhonete Dodge RAM.
Admissão de consumo de álcool
O advogado do jogador, David Divan, comentou o caso à imprensa local, revelando que Garro havia consumido “uma ou duas taças” de bebida alcoólica durante a celebração de seu aniversário de 27 anos, pouco antes do incidente. “Ele é um esportista de elite, não tem o hábito de consumir álcool. Era seu aniversário e ele brindou antes de ir para casa trocar de roupa. Ele tentou virar e não conseguiu ver a motocicleta”, declarou Divan ao jornal argentino Olé.
Apesar de o teste de bafômetro indicar 0,54g/L de álcool no sangue – abaixo do limite de 1g/L considerado agravante pela legislação argentina –, o jogador foi acusado de condução negligente, e sua habilitação foi suspensa até o fim do julgamento. Ele também poderá perder o direito de dirigir por 5 a 10 anos.
Investigação formal e medidas legais
Durante audiência realizada no domingo (5) em General Pico, o juiz Diego Ambrogetti oficializou a investigação por homicídio culposo. A promotoria, representada por Francisco Cuenca e o procurador-geral Armando Agüero, descartou a alcoolemia como agravante inicial devido ao índice registrado no teste.
O promotor Cuenca solicitou a análise de câmeras de segurança da área do acidente, novas declarações de testemunhas e os laudos periciais dos veículos envolvidos. Não foram impostas medidas de coerção contra Garro, o que permite que o jogador retorne ao Brasil enquanto o caso segue em apuração.
Conduta do jogador após o acidente
Segundo o advogado, Garro permaneceu no local do acidente e demonstrou disposição para colaborar com a Justiça e com a família da vítima. No entanto, até o momento, ele ainda não entrou em contato com os familiares de Nicolás Chiaraviglio. “É tudo muito recente. Rodrigo está preocupado e pretende tomar essa iniciativa para demonstrar que está comprometido com a verdade”, disse Divan.
Penalidades e próximos passos
Caso condenado por homicídio culposo, Garro pode enfrentar uma pena de 2 a 5 anos de prisão. O processo deve avaliar as circunstâncias do acidente, incluindo as condições da via e o histórico de condução do atleta.
O caso, que já repercute amplamente na mídia argentina e brasileira, segue sob investigação, com novos elementos sendo aguardados para determinar o desfecho jurídico. Enquanto isso, o Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente.