O Shandong Taishan, clube da Superliga Chinesa, foi banido por dois anos de competições organizadas pela Confederação Asiática de Futebol (AFC) após abandonar uma partida contra o Ulsan HD, da Coreia do Sul, válida pela Liga dos Campeões da Ásia (ACL) Elite. O confronto estava marcado para o dia 19 de fevereiro de 2025, mas o time chinês comunicou sua desistência poucas horas antes, alegando que os jogadores estavam enfrentando “sérios desconfortos físicos”, o que impossibilitaria a formação de uma equipe.
A Comissão Disciplinar e de Ética da AFC determinou que o Shandong está proibido de disputar qualquer torneio continental até a temporada 2026/27. Além disso, o clube foi multado em US$ 50 mil (cerca de R$ 260 mil) e obrigado a devolver a taxa de participação de US$ 600 mil (aproximadamente R$ 3,12 milhões), além do bônus de desempenho no valor de US$ 200 mil (cerca de R$ 1,04 milhão).
A AFC também estipulou uma compensação de US$ 40 mil (R$ 208 mil) ao Ulsan HD, como forma de reparação pelos prejuízos causados pela desistência inesperada.
O episódio ocorreu poucos dias depois de outra polêmica envolvendo o Shandong. Durante uma partida contra o Gwangju FC, também da Coreia do Sul, torcedores exibiram imagens de Chun Doo-hwan, último ditador militar do país, o que levou o clube a banir os responsáveis pelo ato. Chun liderou um golpe militar e foi responsável pela violenta repressão ao levante democrático de Gwangju, em 1980, que deixou centenas de mortos e desaparecidos.